"Isso aí é pra compensar os outdoors!"
Estão circulando pela cidade 140 ônibus equipados com tevês. Até o fim do ano, o governo municipal (EI, KASSAB VAI PRO EMBU-GUAÇU!) prevê que 500 busões estejam equipados com as telinhas.
Teoricamente, a cidade só tem a ganhar com a novidade. Não custará nada aos cofres públicos a instalação das duas telas de 20 polegadas que equipam cada um dos veículos. O investimento inicial é de 20 millhões de reais, bancados pela BUS TV, grupo português especializado em comunicação em movimento. E a prefeitura ainda vai receber uma parte dos lucros obtidos com os anúncios que compõem a grade de programação do Canal, estimados em R$ 1,3 milhão por ano (o dinheiro arrecadado deve ser usado para investimentos no sistema de transportes).
Segundo o cobrador do ônibus 85842 da linha Socorro/Lapa, há uma orientação vinda da garagem da viação Gato Preto para que as tevês permaneçam ligadas o tempo todo.
"É muito chato ficar o dia inteiro ouvindo estas propagandas", reclama acompanhado por alguns passageiros. "Mas não tem um filme, um DVD? Pô meu, aí não tem graça. Se tivesse um filme, um jornal, né... falasse como tá a cidade", desabafa sorridente um homem. "Isso aí é pra compensar os outdoors", diz, serena, uma mulher.
O canal tem propósitos estritamente comerciais, como fica claro em seu site. O efeito "zapping nulo" (sabe quando vem o comercial e você dá uma zappiada pelos outros canais? Então, no ônibus você não tem essa opção) atrai os anunciantes. Além, claro, do altíssimo tempo de permanência do "cliente" diante da tevê.
O estresse a que são submetidos o cobrador e a imposição de conteúdo aos passageiros não me agrada (lembram do Laranja Mecânica, quando o rapaz passa por uma lavagem cerebral assistindo a vídeos? Pois é, me sinto assim). Mas parece que parte da população está se divertindo.
Segundo o cobrador do 85842, para que a idéia publicitária não se alastre por mais coletivos, é preciso ligar para o 156 e opinar.
Gisele Brito escreve às quintas e hoje ainda é quinta.
Teoricamente, a cidade só tem a ganhar com a novidade. Não custará nada aos cofres públicos a instalação das duas telas de 20 polegadas que equipam cada um dos veículos. O investimento inicial é de 20 millhões de reais, bancados pela BUS TV, grupo português especializado em comunicação em movimento. E a prefeitura ainda vai receber uma parte dos lucros obtidos com os anúncios que compõem a grade de programação do Canal, estimados em R$ 1,3 milhão por ano (o dinheiro arrecadado deve ser usado para investimentos no sistema de transportes).
Segundo o cobrador do ônibus 85842 da linha Socorro/Lapa, há uma orientação vinda da garagem da viação Gato Preto para que as tevês permaneçam ligadas o tempo todo.
"É muito chato ficar o dia inteiro ouvindo estas propagandas", reclama acompanhado por alguns passageiros. "Mas não tem um filme, um DVD? Pô meu, aí não tem graça. Se tivesse um filme, um jornal, né... falasse como tá a cidade", desabafa sorridente um homem. "Isso aí é pra compensar os outdoors", diz, serena, uma mulher.
O canal tem propósitos estritamente comerciais, como fica claro em seu site. O efeito "zapping nulo" (sabe quando vem o comercial e você dá uma zappiada pelos outros canais? Então, no ônibus você não tem essa opção) atrai os anunciantes. Além, claro, do altíssimo tempo de permanência do "cliente" diante da tevê.
O estresse a que são submetidos o cobrador e a imposição de conteúdo aos passageiros não me agrada (lembram do Laranja Mecânica, quando o rapaz passa por uma lavagem cerebral assistindo a vídeos? Pois é, me sinto assim). Mas parece que parte da população está se divertindo.
Segundo o cobrador do 85842, para que a idéia publicitária não se alastre por mais coletivos, é preciso ligar para o 156 e opinar.
Gisele Brito escreve às quintas e hoje ainda é quinta.

