terça-feira, 5 de junho de 2007

Ano basu ga Conselheiro Carrão e ikimasuka*


Como muita gente deve saber, hoje teve greve de peruas e vans em São Paulo. Sim, e lá vou eu DE NOVO falar sobre transporte público. Bem, com um foco diferente, mas transporte. Daijoubu, ne! (tudo bem, né!)

E estava "esta que vos fala, alegre, feliz e saltitante" (qualquer semelhança é mera ficção) no metrô Carrão rumo à plataforma de acesso ao ônibus que me levaria à casa do meu namorado. Porém, havia algo estranho, muito estranho.
Pela primeira vez, tinha filas e o ônibus não estava parado onde deveria estar.

Após uma não tão longa meia-hora, ligo para meu namorado, aviso que vou atrasar MUITO e continuo na fila, enquanto ele decidia se ia me buscar de ônibus, carro ou fazer uma mágica para me tirar do metrô.

Cansada de ficar na fila, olho ao redor... e não há ninguém nas cadeiras de fiscal da SP Trans. Como toda boa cara-de-pau, apodero-me do assento e começo a ler os textos para a prova de Sistemas Virtuais.

De repente, me vejo cercada de pessoas querendo informações. Sim, as pessoas realmente acreditavam que eu era fiscal e estava trabalhando. Bem, eu sabia algumas coisas a mais que os fiscais (que não estavam em suas posições, obviamente) e tentei ajudar algumas pessoas. Uma das frases que mais ouvi hoje foi a do título: *Aquele ônibus vai para a Conselheiro Carrão?

E eu sempre respondia, avisando que não trabalhava ali: Ah, ele vai... mas ele entrou em greve junto com as peruas! (frase engraçada. o.O) E só aqueles dois ônibus estão funcionando!

No geral, as pessoas foram muito educadas e até conversávamos um pouco antes delas seguirem seus caminhos. Algumas pessoas nem sabiam da greve. Um senhor meio enfurecido com a falta de ônibus até tentou descontar um pouco da raiva em mim, dizendo que o que eu estava fazendo era errado.

Bem, pelo que me consta, eu não serei presa por estar sentada na cadeira do fiscal ausente. E, muito menos, por estar ajudando algumas pessoas a se encontrarem no pequeno tumulto que estava o pequeno terminal do metrô. Embora seja divertida a idéia de ser presa, conseguir um habeas-corpus (motivo besta para ser presa, não?), provar que não estava infringindo a lei, processar o cidadão e ganhar uma graninha (momento consultoria jurídica, em homenagem às pessoas legais da São Francisco que visitam o Paranóia:P)

Ainda não tive tempo útil para verificar o resultado da greve e o porquê de alguns ônibus aderirem. Mas fiz um papel de boa samaritana e achei engraçado. Pelas situações e porque estou começando a driblar qualquer sentimento negativo. Afinal, após tanto estresse durante todo o semestre, a gente começa a relaxar e deixar tudo pra lá...


Bianca escrevia às terças e despede-se do blog. Ela tira férias e volta em julho (esperamos, né!). Uma crônica, só para variar.
E descobri, na aula de japonês, que o Rodrigo Santoro já tatuou a palavra "gratuito" pensando que era kanji de "liberdade". Hahahaha, que burro, dá zero pra ele! Ah, as palavras diferentes estão em japonês.