sexta-feira, 30 de março de 2007

Da temática cubana e do lixo paulistano


Esta semana fui a um bar no Itaim Bibi para ter aulas de salsa e merengue.O bar anuncia que é o único em Sampa que oferece uma ‘noite latino cubana’.

Decorado com fotos e ilustrações de Che Guevara e Fidel Castro, e com garçonetes vestidas à moda cubana, o bar é agradável para quem reservou mesa e está disposto a pagar R$5 por uma latinha de refrigerante.

Quanto vale uma latinha? Setenta e cinco latas de alumínio (VAZIAS), equivalentes a um quilo do produto, são vendidas de R$2 a R$ 4. O Brasil é recordista na reciclagem desse material e, em 2005, 96,2% da produção nacional de latas foi reciclada.

Depois do bar, fui a uma sessão de cinema e peguei vários panfletos de divulgação de eventos – mais papel para ocupar espaço e ser jogado no lixo.

Todos os dias, 15 mil toneladas de lixo são produzidas na cidade. Apenas 1% é reciclada e o restante vai para os aterros superlotados da prefeitura A reciclagem gera cerca de 900 postos de trabalho no município.

Irair de Jesus, membro do programa Coleta Seletiva, acredita que a reciclagem deve ser prática no dia-a-dia dos paulistanos. Além disso, ele adora dançar salsa e conhece o tal bar no Itaim.

Andando pelas ruas após assistir ao documentário, vi alguns catadores de lixo. É de noite que os catadores fazem suas peregrinações. Para encontrar material que possa ser vendido, eles precisam colocar as mãos dentro daqueles sacos pretos e tatear, procurar, revirar...

Moral da história: Leitor, separe o material reciclável do lixo comum, nunca apareça nesse bar sem reservar mesa e veja filmes de noite, para que depois da sessão você caminhe pelas ruas e conheça a vida noturna que não aparece nos jornais.

Obs: Se quiser saber mais sobre Cuba sem ir ao bar, uma boa opção (gratuita) é assistir ao documentário ‘Cortina de Açúcar’, em cartaz hoje (30), às 20h, e amanhã, às 14h, no Centro Cultural São Paulo. http://www.bdetudoverdade.com.br/2007/busca/detalhes.asp?id=6638&lng=


Rebeka Figueiredo escreve às sextas nesta paranóia. E indica programas legais e gratuitos para o fim-de-semana.