segunda-feira, 7 de maio de 2007

Blog: o direito à polêmica em primeira pessoa

Depois de dois anos e meio frequentando um curso superior de Jornalismo, alguns conceitos ficam na memória, como por exemplo o que se refere ao blog. Página virtual com objetivo de publicar textos de autoria subjetiva, ou não (dependendo do plagiador que se esconder por trás do Ctrl C/V), quase sempre demonstrando opiniões e comentários diários, curtos e de fácil leitura e compreensão.

A palavra opinião me remete, automaticamente, a liberdade de expressão. A subjetividade permite que haja variações tanto interpretativas, quanto conclusivas, que remetem à formação da bagagem cultural, estímulos internos e externos para responder e gerar um senso crítico social que posicione o indivíduo como cidadão no exercício de ir e vir, tanto fisico quanto mentalmente.

Algumas pessoas têm opiniões, outras não. Algumas dessas pessoas que têm opiniões, as tornam públicas, outras não. Seja por orgulho, vaidade, vergonha, medo, auto-censura, repressão, indiferença, inveja ou pura e simples personalidade, a pessoa tem a chance de apresentar ao mundo sua lógica de pensar (mesmo que esta não seja inteiramente compreensível aos demais). A crítica à crítica também é muito salutar, ainda mais quando critica-se a idéia, e não o corpo que a veste.

Agora, a questão da veracidade depende, apenas, da reputação que cada um carrega no seu único bem verdadeiramente pessoal: o Nome daquele que faz, age, diz e afirma o seu pensar a respeito. Muitos jornalistas e comentaristas (respeitados ou não, entra aqui a famigerada reputação) têm blogs. E quando sai aquela notícia no jornal, que ninguém à sua volta parece ter lido, sempre resta a chance de um monólogo dialogado com aquele que teve a coragem de expor sua personalidade da maneira mais sutil que se pode marcar presença: pelas palavras.

Hoje eu passei o dia lendo sobre o que aconteceu na Virada Cultural, que, à propósito, eu não fui. Li sobre o Racionais e descobri que Suplicy estava lá. Li sobre o Cordel sabendo que a Gisele e a Aline (co-autoras deste blog) estavam lá. Li sobre a Zélia Duncan sabendo que a Mariana e a Rebeka (também co-autoras) estiveram. Lá, pra variar. Li a opinião de outras pessoas que também foram para lá (definindo Lá como o lugar em que coisas referentes a alguma coisa aconteceram) e recomendo o blog da Lívia (nossa antiga Convidada) http://a-liviando.blogspot.com/ .

Perguntei a alguns se eu deveria ter ido. Todos me responderam que sim. Eu deveria ter ido, mas, por causa de um trecho escrito no blog citado acima me arrependo de ter ficado em casa assistindo à vitória do Grêmio: "O interessante foi poder andar pelo centro com outra perspectiva, atenta aos detalhes, e em um ritmo bem mais devagar do que no dia a dia. Ver pessoas tão diferentes reunidas por um mesmo propósito e que mesmo sem saber, afirmavam uma admiração por esta" CIDADE ( um dia eu me convenço que São Paulo é uma cidade...)

Para finalizar: se quiser debater solitariamente as notícias que, aparentemente, não interessam, leia os seguintes blogs:
http://luisnassif.blig.ig.com.br/
http://blog.paulomarkun.com.br
http://noblat.blig.ig.com.br/
http://www.joelmirbeting.com.br/

OU MELHOR: se você não tem um blog, faça-o, e se já tem, invista nele. O investimento mais seguro e rentável que você pode fazer para si mesmo se baseia na sua Opinião! ( ou você ainda acredita na caderneta de poupança? por acaso vou ter de escrever um ensaio e postar aqui para eu te convencer? olha que o próximo post eu volto com economia, hein...). Ah, se você foi na Virada, me deixa um comentário dizendo como foi. Assim eu me arrependo um pouquinho mais...

Vica Prestes escreve todas as Segundas, mas hoje a lua de júpiter entrou no extinto planeta Plutão que, ao ficar ofendido com a afronta astrológica, resolveu descontar na coitadinha da Vica! Além de não ir à Virada, não ter visto o Cordel, não ter mais uma caderneta de poupança, acabou ficando SEM OPINIÃO e SEM TEXTO. Por isso escreveu as linhas acima para incentivar o seu leitor a escrever para ela em dias como este! Ah, sempre haverá dias como este!