"Alguma coisa acontece no meu coração" ?
Você já cruzou a Ipiranga e Av. São João? Eu cruzei um dia desses e, apesar de não gostar de Caetano devo concordar que, quando passei por ali, "eu nada entendi". mas como meu objetivo não é traduzir Rita Lee, me atenharei a psicografar o centro pelos meus passos (lembre-se que este post é uma homenagem a Caetano e, por isso, narcisístico, logo, eu posso usar as palavras que eu quiser para criar um efeito de importância no meu andar, no meu - hã? - centro) .
ENTÃO, andei, andamos, andávamos e por fim decorei todos os caminhos que não levam a Roma, mas, sim, à verdadeira São Paulo: Ipiranga, São João, República, Anhangabaú, Santa Ifigênia, Largo do Arouche, do Paissandú, São Bento, Pátio do Colégio, São Luís, Municipal, Prefeitura, e sei lá que outras ruas que me levam a outras mais.
Lógica equacionada: concreto + pessoas + concreto + pessoas + concreto + eu = nada, sorry. Nenhum sentimento me passou em cada minuto que passei (ou gastei) por ali. apenas vi paulistanos que, mesmo sem terem nascido aqui, optaram por viver a rotina do farfalhar das saias e dos almoços nos PFs dos botecos. Paulistanos que olham pra baixo e ignoram as vitrines que reluzem o quê? Bom, pense numa vitrine do centro... pensou? É, nem eu. Por quê? Não sei... não vi. Mas ela está ali, em algum lugar. Eu sei. Eu sei?
Pra mim, centro de São Paulo é conversa de padaria, enquanto sai a média e reprisa os gols da semana. de resto, a cidade não vive: respira um ar cada vez mais poluído e seco. O Anhagabaú tem fonte? é água na pedra, é estátua parada. é concreto. para mim, sampa é uma estátua, ora clássica, ora uma montagem de latão, modernista à beira de um ataque de nervos, ao som de uma buzina que de tão irritante é ignorada ou registrada por poucos... quase sempre migrantes, de terras, de correntes.
Permita-me comparar com outros centros. Porto Alegre? É tanto calor que as pessoas preferem se aturar pra evitar as moscas, e assim, criam-se laços. A região é tão pequena e o tempo tão grande que sobram histórias para se contar. Lá a conversa não é de padaria, mas de esquina. O centro lá eu descobri por convivência, andando por pessoas, tanto que quase não notei o concreto que os sustentava.
Curitiba? É a São Paulo que vai chegar, construções tão modernas que pelo peso chegam a encurvar seus habitantes, deixando por conta da culpa as últimas tentativas de se sociabilizar. Tática mais comum: elogio ao progresso, é assim que o papo das ruas abre portas de escritórios. Tudo é uma chance de mostrar o seu valor na cidade que se julga a cultura escrita na língua do povo. E os miseráveis? Equilibram a cidade nos malabarismos que caracterizam todos os seus semáforos, faróis, seja lá o nome daquele objeto que obriga o homem a parar o seu ritmo e a pensar em... esquece, o verde manda seguir e São Paulo está logo ali.
Vamos pro interior? Campinas, Vinhedo, Valinhos? Pergunto pelo interior de onde, se todos vêm trabalhar aqui, e cuja distância se mede por pedágios.
O que eu concluo? Que o centro não está em rua alguma, mas em si. Narcíso não acha feio o que não é espelho, ele só não gosta de se esquecer, numa rua, numa fonte, numa pedra, por aí. São Paulo é enfim.
Vica Prestes escreve às segundas para alegrar a tua semana. Mas hoje ela está tristinha porque perdeu sua caneta preta BIC no Metrô... poxa, me dá uma caneta?
ENTÃO, andei, andamos, andávamos e por fim decorei todos os caminhos que não levam a Roma, mas, sim, à verdadeira São Paulo: Ipiranga, São João, República, Anhangabaú, Santa Ifigênia, Largo do Arouche, do Paissandú, São Bento, Pátio do Colégio, São Luís, Municipal, Prefeitura, e sei lá que outras ruas que me levam a outras mais.
Lógica equacionada: concreto + pessoas + concreto + pessoas + concreto + eu = nada, sorry. Nenhum sentimento me passou em cada minuto que passei (ou gastei) por ali. apenas vi paulistanos que, mesmo sem terem nascido aqui, optaram por viver a rotina do farfalhar das saias e dos almoços nos PFs dos botecos. Paulistanos que olham pra baixo e ignoram as vitrines que reluzem o quê? Bom, pense numa vitrine do centro... pensou? É, nem eu. Por quê? Não sei... não vi. Mas ela está ali, em algum lugar. Eu sei. Eu sei?
Pra mim, centro de São Paulo é conversa de padaria, enquanto sai a média e reprisa os gols da semana. de resto, a cidade não vive: respira um ar cada vez mais poluído e seco. O Anhagabaú tem fonte? é água na pedra, é estátua parada. é concreto. para mim, sampa é uma estátua, ora clássica, ora uma montagem de latão, modernista à beira de um ataque de nervos, ao som de uma buzina que de tão irritante é ignorada ou registrada por poucos... quase sempre migrantes, de terras, de correntes.
Permita-me comparar com outros centros. Porto Alegre? É tanto calor que as pessoas preferem se aturar pra evitar as moscas, e assim, criam-se laços. A região é tão pequena e o tempo tão grande que sobram histórias para se contar. Lá a conversa não é de padaria, mas de esquina. O centro lá eu descobri por convivência, andando por pessoas, tanto que quase não notei o concreto que os sustentava.
Curitiba? É a São Paulo que vai chegar, construções tão modernas que pelo peso chegam a encurvar seus habitantes, deixando por conta da culpa as últimas tentativas de se sociabilizar. Tática mais comum: elogio ao progresso, é assim que o papo das ruas abre portas de escritórios. Tudo é uma chance de mostrar o seu valor na cidade que se julga a cultura escrita na língua do povo. E os miseráveis? Equilibram a cidade nos malabarismos que caracterizam todos os seus semáforos, faróis, seja lá o nome daquele objeto que obriga o homem a parar o seu ritmo e a pensar em... esquece, o verde manda seguir e São Paulo está logo ali.
Vamos pro interior? Campinas, Vinhedo, Valinhos? Pergunto pelo interior de onde, se todos vêm trabalhar aqui, e cuja distância se mede por pedágios.
O que eu concluo? Que o centro não está em rua alguma, mas em si. Narcíso não acha feio o que não é espelho, ele só não gosta de se esquecer, numa rua, numa fonte, numa pedra, por aí. São Paulo é enfim.
Vica Prestes escreve às segundas para alegrar a tua semana. Mas hoje ela está tristinha porque perdeu sua caneta preta BIC no Metrô... poxa, me dá uma caneta?