quarta-feira, 4 de abril de 2007

A ciência da fé



Desde os primórdios, os seres humanos buscaram forma de compreender o mundo e alguns fenômenos que misteriosamente não tinham explicações.

Em algum momento a 12 mil anos, na última era do gelo, o homem desenvolveu o pensamento simbólico . Buscou maneiras de compreender os fenômenos naturais, começou a enterrar os mortos e a ter consciência da morte. Dessa maneira, o homem descobriu que um dia iria morrer.

Criou-se a figura de seres maiores e mais poderosos, que poderiam auxiliar o homem a suportar a idéia da morte. Os deuses, ou um único Deus, os santos, ao até os deuses indígenas da natureza, auxiliam os homens a explicar fenômenos, a compreender a morte e dar esperança de que a vida não termina ali.

Segundo o biólogo, Dean Hamer, os sentimentos profundos de espiritualidade seriam resultado de uma descarga de elementos químicos cerebrais controlados por nosso DNA, existiria então o gene da espiritualidade.

A ciência tenta de todas as maneiras explicar fenômenos atribuído à Deus, desvendar os mistérios. Mas, a fé no ser superior não se enfraquece com isso, o homem precisa da fé.
A fé de que terá um ser superior olhando-o e ajudando-o a conseguir atingir seus objetivos; a fé de que irá se curar, mesmo quando está desenganado pela ciência; a fé de que a vida não termina depois da morte; a fé em si mesmo e na proteção desse Deus.
Esta fé, a ciência não pode compreender, porque está dentro de cada pessoa de maneira diferente.

Frei Galvão, primeiro brasileiro a ser canonizado, é símbolo de que a fé não tem explicação científica. Sandra de Almeida, tinha um problema congênito no útero e já havia abortado três bebês. Ela engravidou novamente, e os médicos não acreditavam que conseguiria ter este quarto bebê, as chances eram nulas. Foi nesse momento, que Sandra começou a tomar as pílulas do Frei Galvão (papel com uma oração escrita em latim) e a fazer novenas, junto com os remédios receitados pelo médico. E deu certo, Enzo nasceu saudável.

O Brasil é o país mais católico do mundo, são cerca de 125 milhões de católicos (praticantes ou não). Em maio,o Papa Bento XVI fará uma visita ao Brasil e ficará hospedado no Mosteiro de São Bento.
“A fé remove montanhas”, mas apenas se estiver atrelada a outras iniciativas e a ciência.

Mariana escreve às quartas, e nesse clima de Páscoa decidiu refletir sobre fé e não sobre o chocolate
Foto:www.elasporelas.blogger.com.br/­2004_03_01_archive.html